Havia um menino, nascido em tempos de Beatles, época de guerra do Vietnam, do homem tentando ir à lua, da guerra fria, da morte de Martin Luther King, de ditadura militar.
Quando criança devorava livros, lia de tudo, bíblia, enciclopédias, livros científicos, dicionários, rótulos de produtos e bulas de remédios. Decidiu ser cientista, queria ter uma vida igual à dos grandes nomes que lia, Einstein, Fleming, Sabin, Pasteur.
Precisando trabalhar, deixou estes sonhos de lado, mas, continuou estudando. Quando jovem, mudou seus planos, queria ser juiz. Fazer justiça, pensava, é o que quero.
Estudou muito para isso, formou-se e, ainda na faculdade, embora homem adulto, sentia seu coração acelerar sempre que imaginava a possibilidade de fazer justiça.
Precisando trabalhar e cuidar de sua família, deixou este sonho de lado, mas, continuou sonhando e logo arrumou um bom emprego, contudo, o destino reservara algumas surpresas para ele e o rumo de sua vida mudou completamente.
Quando pensou estar crescendo, estava caindo;
Quando pensou estar evoluindo, estava involuindo.
Não roubou, nem matou, mas deixou seu coração se encher de rancor, de tristeza.
Caiu...
Foi até o inferno e voltou, voltou mais forte, mais puro, mais entusiasmado. Derrotou muitos fantasmas que o assombrara por longos anos.
Sabe que é capaz de realizar tudo o que quiser. Sabe que será o que quiser ser e fará o que se dispor a fazer.
Do mundo físico carrega pouca coisa, tendo apenas uns trocados no bolso e alguns papéis onde anotou tudo o que já fez e sabe fazer.
Conta sim, com fortes armas para vencer. O amor à vida e a fé na vitória.
É possível ver seus olhos brilhando de esperança.
É a história dessa esperança, dessa visão alegre do mundo, embora às vezes com um pouco de melancolia, que ele passa a nos contar.
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