segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

10ilusões


Ser astronauta ir na lua e descobrir novos povos.
Ser piloto da aeronáutica e defender a Pátria.
Ser cientista e salvar o mundo.
Ser magistrado e julgar a verdade.
Ser advogado e fazer justiça.
Viver um amor que supere a falta de dinheiro.
Ter um casamento eterno.
Viver em um mundo melhor.
Ter uma vida de sucesso.
Ser cantor de ópera.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Trabalhando na praça




05/12/2009
Campinas - SP

Chego de Araraquara-SP de ônibus desço no terminal rodoviário. Como combinei com minha esposa de irmos passear no shopping, depois do expediente dela em Sorocaba, vou a pé para o centro para dar umas voltas e relembrar velhos tempos em que morava aqui.
Primeiro aproveito para tomar meu milk shake médio de Ovomaltine que ganhei em uma promoção comemorativa do BOB´s.
Só depois de degustar essa delicia eu sigo caminhando pelo centro de Campinas.
Muitas lembranças boas, outras maravilhosas e uma ou outra lembrança triste.
Meus olhos estão arregalados e movo minha cabeça de um lado ao outro tentando encontrar um rosto amigo.
Minhas orelhas em pé, tentam detectar na multidão alguma voz familiar.
Atravesso o centro e sigo para o bairro Cambuí, onde tinha um escritório.
Sigo para o centro de convivência onde pretendo esperar minha esposa e começo a dar voltas pela praça. Na primeira volta somente apreciando a paisagem e as pessoas e na segunda volta, procurando por um orelhão para avisar que já estou na praça.
É neste momento que avisto um senhor sentado no banco da praça ao seu lado uma mala dessas de viagem com alça retrátil e rodinha, com um guarda chuva pendurado. Em seu colo uma caderneta, ele segura nas mãos uma agenda e uma caneta, ao seu lado um papelada amontoada, como se estivesse ali instalado seu escritório.
Instantaneamente lembrei de um outro caso que ouvi a uns anos, onde o pai de um conhecido meu, morava em São Paulo em um bairro nobre e ganhava um salário muito alto, pelo trabalho que realizava em uma grande empresa. E que, certo dia ele foi despedido e como sentia vergonha de confessar para a esposa e filhos que estava desempregado ele continuo por longos meses, fazendo a rotina normal de quando estava empregado.
Acordava bem cedo, tomava banho, fazia a barba, se vestia, tomava café e saia para o trabalho.
Parava em alguma praça e lá ficava até o final do "expediente", quando então, ele retornava para a casa.
Usou toda a sua reserva financeira e sua indenização para manter esta situação, até o dia em que acabou o dinheiro.

Eu também, trabalho em praças. Em várias situações, já estive sentado em um banco, atualizando a agenda ou preenchendo relatório de visitas ou até mesmo ligando para os clientes para agendar nova visita ou cobrar uma resposta.

domingo, 22 de novembro de 2009

Estou preso em algum lugar do limbo


Penso que ainda estou na minha antiga vida na terra.
Converso com as pessoas e não ouço respostas...
Mostro meu RG para minha esposa, brincando que na foto sou o menino mogli e ela não reage.
Decido provocar e fico na mesma posição, ou seja, sentado ao lado dela,
com o braço levantado a sua frente mostrando o RG.
E ela continua assistindo, calmamente a novela.

Em outro momento, sento na cadeira do quarto dos computadores e fico "conversando" com ela.
Eu sentando onde penso ser minha cadeira de meu notebook e ela na cadeira da mesa do desktop.
Peço para ela repetir o endereço do site que está vendo, repito várias vezes o pedido e nada dela responder.
Enquanto ainda estou olhando para ela, sai e vai para a sala.

Tenho lampejos de consciência de que estou morto, mas é momentâneo e logo volto a pensar que estou vivo.
Acho que quando ela está se sentindo sozinha, ela tenta conversar comigo.
Isso também explicaria porque as vezes a vejo chorando pelos cantos da casa.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Coisas que não mudam em Araraquara



Passeando por Araraquara, subindo a 2 e descendo a 3. Footing que não muda, desde o primeiro passeio sozinho, fiz muito esse percurso.
As vezes a noite para passear, esperando encontrar um amigo, alguém conhecido, as vezes de dia procurando uma loja, uma novidade.
No Mercado Municipal, continuo vendo seus pseudos proprietários, ou seja os logistas que pensam que são dono do Mercadão todo.
A Antiga fábrica de meias LUPO, mudou, hoje é um shopping , mas mantém o nome "Lupo",  dentro encontro uma antiga professora de matemática, no ginásio, a Dª Rosinha. Ela durante o ano todo só repetiu a roupa que  usava em duas ocasiões.
Rádio Elétrica Geral, continua igual. Na porta o mesmo luminoso de neon, agora sem funcionar. Lembro que eu ia muito lá, comprar componentes eletrônicos e fuçar as novidades. Cheguei a ir semanas seguidas, para acompanhar o preço do microcomputador que eu queria adquirir, o TK85 e toda semana o preço tinha subido e eu nunca conseguia comprá-lo. Até que minha avó Catarina deu uma mãozinha.
Comprar os softwares para o computador era outra aventura a parte. Tinha que ir lá, ver se já tinha chegado a fica K7 da Microsoft com o software gravado. Depois, outra longa novela se seguia, uma verdadeira saga, para fazer o maledeto computador ler o aplicativo através do gravador "Juruna".
Por outro lado, embora as casas, lojas, lugares, permaneçam muito semelhantes como eram no passado, em 10 anos de ausência, não conheço mais as pessoas da cidade, não fosse rever a Professora e os donos da R.E.G., poderia dizer que estou em outra cidade.
Flutuando em meio a esta nostalgia, toda, sigo pela rua 2, lá na esquina, perto da sorveteria Kawakami, avisto um rapaz com uma Twister parecida com a minha, mochila nas costas, desce da moto, com rodinho  na mão, e se oferece para limpar vitrines. (Serviço interessante!)
Caminho mais um pouco e aviso a Imobiliária Pan do meu amigo de Faculdade, o Éden Julio, ele não está, então sigo para o outro Shopping.
Pego a sessão de cinema às 17:15h, em uma quinta feira, com somente 8 pessoas na sala. Imediatamente vem a saudade das antigas salas de cinema do Graciano, seus cines Veneza, Coral, Plaza e Capri.
Terminada a sessão, caminho para a casa.
Já no estacionamento do Shopping, vejo uma mulher que comprou um coqueiro de 2,50m e faz o marido por dentro do corsa Sedan.
É, realmente as coisas não mudam em Araraquara, menos ainda, as mulheres.

sábado, 10 de outubro de 2009

Viagem



Entro no ônibus e logo começo a sentir os cheiros da manhã.
Cheiro de ..., depois cheiro de arroto, cheiro de balas de tutti frutti que o surdo-mudo vende dentro do ônibus.
Na TV o motorista poe o DVD do filme "Chiquito pero Peligroso", notadamente um DVD "pirata" com legendas em português.
Não existem duas viagens de ônibus iguais, mesmo que sejam no mesmo horário e para o mesmo destino.
Sempre aparece uma novidade, uma surpresa!
Hoje foi o dia de entrar no ônibus uma mulher, desarrumada, com blusa tomara que caia (no caso dela, tomara que não caia), saia e que demonstrou estar a procura de um cliente para algum tipo de serviço de sexo ali mesmo durante a viagem.
Ela sentou no fundo e logo que o ônibus seguiu viagem puder ouvir os murmúrios da negociação.
Enquanto eles se entendiam, eu voltava minha atenção para meus planos e meus sonhos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Um novo dia



28/09/09 8:14h

Sentado na cadeira do escritório, olho meu material de trabalho.
Hoje redefini meu material.
Guardei a bolsa e estou somente com 1 pasta de zíper, sem outros objetos e materiais, além, do essencial para o trabalho.
A expectativa é grande; tomo meu remédio, faço a barba, corto meu cabelo.
Tirei a gravata e até passei água benta.
Enfim, todo o possível eu fiz.
Por um instante, lembro que meu "ex-parceiro" de negócios recebeu a comissão de uma venda que fizemos em conjunto e me deu um balão, mas, logo retomo o otimismo que hoje me envolve.
Abro a porta, dou o primeiro passo com o pé direito, tranco a porta e sigo sorrindo para a batalha do dia.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Cortejo fúnebre


Praça do Ginásio de Esportes
28/07/09 8:10h

Sentado na praça observo uma sequencia de automóveis que seguem um carro fúnebre.
Em tempos de valorização do desejo individual em detrimento das necessidades coletivas, nem o motorista do ônibus de uma empresa "Viação São João" respeita o cortejo fúnebre e cruza o cortejo.
Não é só uma profunda falta de respeito para com o sentimento dos familiares do falecido, mas é também uma infração de trânsito, pois, há uma regra exatamente para proteger a prioridade que o cortejo merece.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Eu, Fantasma



Autor: Esseaqui Nossemov

Demorei muito para descobrir que eu não existo!
Já havia ouvido esta afirmação várias vezes, mas, não compreendia seu significado.
Finalmente as coisas ficaram claras para mim.

Então, vou registrar aqui, a minha história, na esperança que alguém, um dia a encontre...

Em algum dia de algum ano, do qual não me recordo, eu morri!
Tenho algumas datas na memória, mas, não sei dizer qual delas é a correta. Pode nem ser uma dessas, a data correta.

Acidente aos 17 anos, 11 meses e 15 dias: Sofri um acidente gravíssimo de mobylette. Uma colisão com um veículo em um cruzamento. Fui levado para o hospital com diversos ferimentos, sei que recebi a unção extrema...

Acidente de moto em 2008: Para evitar bater na traseira de um automóvel, que parou bruscamente na minha frente em um dia de chuva, eu freiei com toda força e fui ao chão. Lembro de ter sido levado, para o pronto socorro, pelo resgate...

Mas, o importante agora não é saber a data em que morri, nem as circunstâncias. Embora minha sensação é de que isso tenha ocorrido a pelo menos 20 anos.
O importante neste momento é relatar que esta descoberta me fez perceber muita coisa que me deixava perplexo.

Antes de passar a relatar alguns exemplo, é preciso que eu informe que, nós fantasmas, somente vemos aquilo que queremos ver, portanto, alguns dos relatos podem não ser reais. Tudo pode ser criação de meu desejo, afinal, morri jovem e fiquei vagando na terra, criando uma vida imaginária com tudo aquilo que eu esperava acontecer.

Confira comigo:

Há vários anos eu me queixo que as pessoas não ouvem meus conselhos de modo direto. E por outro lado, elas seguem meus conselhos, com a certeza que foram elas mesmas que tiveram a ideia ou que a voz da consciência dela é que a orientou!
Eu ficava irritado com isso, sem entender porque as pessoas nunca me agradeciam pelas sugestões. Hoje eu sei que seria impossível agradecerem isso a um fantasma.

Minha 2a. esposa, vive chorando quando estou perto dela e eu ficava revoltado por ela não me escutar, não me dar ouvidos.
Hoje entendo que se eu já fui casado, ela chora por saudades ou então, eu não tive sequer 2a. esposa.

Me via visitando clientes e fazendo maravilhosas apresentações dos produtos, porém, eles nunca assinavam os contratos comigo e, somente depois, assinavam os contratos com outros vendedores.
Hoje entendo que eu sentava na cadeira, quando o "cliente" estava sozinho e ficava falando e falando, sem ele me ver e por isso só compravam com outros vendedores.

Quando eu entrava em uma loja de conveniência conhecidíssima em Sorocaba, o segurança ficava olhando para mim e me seguindo o tempo todo. Não importava como eu "imaginasse que" estava vestido, ele sempre me olhava e me seguia.
Hoje sei que ele tem sensitividade mediúnica e por isso era o único que sentia a minha presença lá na conveniência e não estava me seguindo por pensar que eu éra um meliante.

Outra coisa que me intrigava, quando eu acreditava que estava vivo, era o curioso fato de fazer tudo como mandam os livros de dicas de sucesso e nunca atingir o sucesso.
Por mais que eu trabalhasse, que me desdobrasse na realização de inúmeras tarefas eu nunca conseguia mudar minha vida.
Óbvio, não? Afinal, todas as minhas ações não eram reais!

Posso relatar vários outros momentos semelhantes, tais como:

Eu via uma pilha de louça suja na pia, do que eu imaginava ser minha casa, e embora tivesse desejo de lavar a louça, a pilha continuava enorme.
Hoje eu compreendo que fantasmas não lavam louça. No máximo eles atiram as louças voando contra as paredes!

Mas, se eu não estou vivo, porque continuo escrevendo neste blog? É o que alguém que ler isto, um dia pode perguntar!
Escrevo porque nos tempos atuais, em que os mortos são ouvidos através de gravações de sons, captadas e tratadas em computador, porque não seria possível alguém captar essa blog etéreo?

E por favor, quem encontrar esse blog mediúnico, não me faça perguntas sobre como é o céu, o purgatório ou o inferno. Eu não sei as respostas, pois, não cheguei a nenhum desses lugares.
Estou preso entre os dois mundos, e tudo o que vejo é o que eu gostaria de ter visto em vida!

O que eu preciso?
É saber como sair deste local aonde estou. Preciso saber como chegar ao céu ou ao inferno.

Enquanto isso, vou contando aqui as aventuras desse fantasma

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Conhecimento obsoleto



Tudo o que sei está fora de moda...
Não ha valor no meu conhecimento
Quem quer saber como se faz para acender uma fogueira sem fósforos ou isqueiro?
Quem quer saber como se neutraliza um ácido?
Como se estanca um sangramento?
Como se faz uma argamassa, carrega-se uma pessoa ferida ou mesmo como se faz um copo para água com uma folha de papel?
A quem interessa saber, porque o céu fica alaranjado no horizonte no nascer e no por do sol?


De que valem esses conhecimentos hoje, se as perguntas do momento, são:
Como fazer para ficar rico?
Como ser famoso?
Como ter o maior número de "pseudo" amigos no orkut ou maior número de seguidores no Twitter?
Como subir nas classes sociais rapidamente?


Qual o valor do conhecimento obsoleto?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sem praça



Chego uma hora mais cedo no cliente e não encontro uma praça por perto.
Preciso me abrigar do sol, mas onde? Não avisto um único banco em um raio de 300m.
Nos pontos de ônibus os assentos já estão todos ocupados.
Depois de um tempo, sobra uma vaga em um ponto de ônibus. Hêêêê!
Vou rapidamente para lá e sento.
Abro meu caderno e começo a fazer minhas anotações.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Amanhecer


Quinta feira, 16/07/09 07:07h - R. Angelo Elias

Finalmente chego em frente à empresa para a qual estou trabalhando, depois de uma carona de carro, até 2/3 do caminho e uma longa subida, no trecho seguinte.
Coloco minha bolsa e blusa na mureta e fico com a peito na altura do gramado do jardim.
Estou uma hora adiantado para reunião, porém, como dependia de carona para não ter que sair ás 6:00h de casa e para não suar, cheguei mais cedo.
Claro que vejo vantagens nisso, afinal, vou parar de bufar antes que chegue alguém e posso curtir a natureza.
A rua em que estou fica na direção do sol e assim, posso apreciá-lo subindo no horizonte, trazendo luz e calor para essa manhã fria.
Também, pela posição em que estou posso ouvir toda a movimentação frenética dos automóveis levando as pessoas para os locais de trabalho, passando pela marginal. Com a frequência e o volume constantes o som assemelha-se ao de uma cachoeira.
E assim está nascendo minha manhã.
O sol brilhando no horizonte, as gotas de orvalho na vegetação brilhando como cristais lapidados, pássaros cantando e ao fundo o som de uma cachoeira.
Bem-te-vi, bem-t-vi, é a saudação que recebo!
Olho para o céu e avisto a lua, minguando, e lembro que estamos comemorando os 40 anos de uma viagem que nunca fizemos.
Como minhas companheiras, hoje, elejo as flores vermelhas de serralha, que para mim são como pequenos pincéis de barbear.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A vida passa diante dos meus olhos

06/07/09 16:30 Praça em frente à matriz

Após algumas visitas sento em um banco da praça, ao lado de uma senhora.
Minha inibição me impede de dizer-lhe "boa tarde".
Observo as pessoas, os pássaros e a natureza.
Jovens com suas roupas rebeldes.
Senhores com derrame que usam bengala, velhinhos assanhados batendo papo com mulheres de programa.
Funcionárias de lojas saindo do expediente em suas calças pretas justas.
Obras na calçada.
Muitos com sacolinhas de compras nas mãos e, não pode faltar... pessoas carregando envelopes de papel pardo com currículos dentro, afinal, estamos em uma segunda feira.
Pombos devorando nossos restos,
Pedintes implorando por nossas migalhas,
Pessoas de todas as nações de todas as regiões do Brasil.
Crianças despreocupadas, embora vivamos preocupando-as.
Ainda não avistei nenhum pregador, nem louco. Eles estão fazendo falta!
Policiais em seu posto móvel, também se fazem presentes.
E a senhora cochila... pesca lentamente ao meu lado.
Ciganas com suas saias coloridas e suas falas altas, passam ao largo.
Já não há mais fila na lotérica, que recebe contas bancárias.
O sol, escondido atrás de um prédio já não traz mais seu calor e a temperatura lentamente começa a cair.
Algumas pessoas aproveitam para fumar, enquanto não proíbem o cigarro em lugares públicos abertos.
Jovens envelhecidos rápido demais.
Velhos com desejo de serem considerados jovens.
Conversas secretas ao celular.
Passa por mim um rapaz na cadeira de rodas, acompanhado do que parece ser a sua jovem esposa e o filho. Ele tem também uma tala com curativo na mão o que me faz pensar que sofreu algum acidente, recente.
Já os vi pela manhã, bem longe desta praça.
Mães grávidas. Casal que parecem ter se teletransportado de Recife neste instante de tão agasalhados que estão.
Mulheres atraentes, embora sejam poucas as que sabem se vestir bem.
Já tirei fotos de paisagens interessantes.
Confiro as páginas que escrevi e constato que estou na terceira, eu ainda tenho muito tempo, até chegar o momento de ir jantar no Rotary.
Vou tentar achar algo para fazer até as 17:30h...
A noite chegou!
Já passaram crianças vendendo balas e deficiente em cadeira elétrica.
Quase seis horas...
As pessoas passam rápido pela praça e pouca gente ainda fica sentada.
O tempo não passa e minha vida vai caminhando quadrada.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Vida nas rodoviárias

Rodoviária de Araraquara
22 de maio de 2009
16:00h
Aniversário de casamento (Obs.: confundi a data achando que era o aniversário, motivo de estar indo para Sorocaba com pressa. (A data correta do casamento é 22 de junho.)
7 anos de casamento = 1o. ciclo

Estava relembrando quanto tempo já passei em rodoviárias.
Rodoviária de Araraquara, Campinas, Sorocaba e tantas outras.
Algumas na minha adolescência, como a de Ibirá (quando fui acampar com os amigos) ou de São Carlos, nos tempos que acompanhava minha avó até a lotérica  onde ela comprava os bilhetes para vendermos em Araraquara.
Em outras rodoviárias fiquei à espera da minha namorada, como as de Rio Claro e Bragança Paulista.
Algumas estavam até esquecidas por mim.
Tantas aventuras, tantas histórias.
Algumas vezes nem na rodoviária eu chegava, pois, saltava no caminho para poder pegar o próximo ônibus.
Algumas histórias são até difíceis de entender como quando fui para Bauru de ônibus, só para fazer teste psicológico para ser contratado pelo Banco Real??!!
É eu sei, é dificil entender essa, já que eu morava em Araraquara e ia trabalhar  na agência, também de Araraquara.
Também foi engraçado, pois, não sabia que outra pessoa estava no mesmo ônibus, também para o mesmo teste psicológico e achei que a pessoa estava me seguindo, da rodoviária até a clínica.
Antes, porém, já tinha ficado constrangido por um rapaz homossexual ter aproveitado que eu havia fechado os olhos e passou a mão na minha coxa. E não havia outro lugar no ônibus para eu me mudar.
Em rodoviárias já vi acontecer de tudo, de encontros apaixonados a brigas. Vi rostos esperançosos e outros desiludidos, viagens de lazer, viagens à trabalho.
Lembro de quando estava na faculdade e ia para São Paulo fazer cursos ou assistir palestas, ia vestido de terno com pasta com cadernos e a esperança de construir um mundo melhor!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Libaneses



10/02/09 - São Paulo - SP

É... sou chic beinhe!

Também fico em praça de São Paulo.

Estou em Santo Amaro, bairro da cidade de São Paulo, para quem não conhece...
Passeio pelo bairro e encontro uma típica feira livre, daquelas igualzinha as do interioR.
Ando pelos corredores, matando saudades dos tempos de infância.
Já fazem muitos anos que não vou a uma feira livre e justo aqui em São Paulo, nesta mega cidade é que consigo passear por uma feira.
Depois de curtir um pouco, sigo caminhando, até encontrar uma praça.
A praça dos Libaneses...
É uma praça pequena, estreita, que parece estar esquecida pela população, embora esteja muito bem cuidada.
Flores, um monumento e um bloco de granito negro com inscrições em baixo relevo com o nome da praça e o motivo de sua existência.
Meus pensamentos viajam, por lembranças ligadas as palavras Libano e libaneses.
Amigos descendentes, colegas de trabalho, selos de minha coleção, a rua do Fórum de Araraquara, estágio da advocacia e tantas lembranças mais.
Gotas de lembrança rolam dos meus olhos, então, olho para os lados para me certificar que ninguém está me observando e volto a caminhar, rumo ao meu futuro.